Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de 2011

PARACATUENSES NA POLÍTICA : DO IMPÉRIO À REPÚBLICA VELHA

Por José Aluísio Botelho A lista de políticos paracatuenses que militaram na política ao  longo do Império e da República Velha (1889-1930) representando a cidade é relativamente restrita, devido ao fato de só se eleger um representante a cada pleito eleitoral, bem como as reeleições sucessivas. Alguns foram eleitos por outras regiões onde se radicaram, e um deles era paracatuense por adoção. É importante lembrar que filhos e netos de paracatuenses se pontificaram na política nacional, e a título de ilustração, elencamos três que atingiram notável grau de excelência em suas áreas de atuação, quais sejam: o Marquês de Paraná Honório Hermeto Carneiro Leão, nascido em Jacuí; o Visconde de Uruguai Paulino José Soares de Sousa, nascido em Paris, filho do médico paracatuense José Antonio Soares de Sousa, e por fim Afonso Arinos de Melo Franco Sobrinho já na república. ASSEMBLÉIA PROVINCIAL DE MINAS  1 – Joaquim Pimentel Barbosa (1793-1853) – filho do Capitão Mor

FAMÍLIA CASADO DE LIMA

Por José Aluísio Botelho APORTES AO LIVRO “DESBRAVADORES DA CAPITANIA DE PERNAMBUCO, SEUS DESCENDENTES, SUAS SESMARIAS”, DE ZILDA FONSECA, CAPÍTULO IX – FRANCISCO CASADO DA FONSECA A pesquisadora Zilda Fonseca, em seu livro acima nomeado, faz um profundo estudo de tradicionais famílias pernambucanas, a partir de sua ascendência paterna e materna, desde o início do povoamento da capitania de Pernambuco, e retrocedendo aos seus ancestrais portugueses. Nosso estudo está baseado em algumas lacunas e dúvidas deixadas por ela em trabalho de mais de 50 anos de pesquisas, sobre o parentesco de pessoas relacionadas direta e indiretamente na cadeia genealógica de descendentes. O que vem demonstrar as enormes dificuldades dos pesquisadores em história e genealogia, principalmente no tocante as fontes primárias, seja pelo sumiço de documentos, sejam pelo mal estado de conservação dos mesmos, notadamente dos livros paroquiais. Este artigo pretende contribuir com algumas des

CORONEL FRANCISCO CASADO DE LIMA: MEU TATARAVÔ PERNAMBUCANO

 Por José Aluísio Botelho O coronel Francisco Casado de Lima nasceu na freguesia de São Pedro Gonçalves, vila de Santo Antonio do Recife em 1765. Único filho de outro Francisco Casado de Lima, natural de Sirinhaém , e de Rosa Maria da Conceição, natural do Recife. Vide imagens de batismo do coronel e o do casamento dos seus pais:  Certidões Era descendente dos Viscondes de Vila Nova de Cerveira e dos Condes de Castro Daire, em Ponte Lima, norte de Portugal, portanto, inserido na nobreza portuguesa. Foi homem de grande fortuna:  herdou de seu pai o engenho Novo Cucaú e uma sesmaria em São José dos Bezerros, termo de Sirinhaém , e possuiu inúmeras outras propriedades em Sirinhaém , Rio Formoso e no Recife. Em 1776, aos doze anos, solicitou habilitação para familiar do Santo Ofício da Inquisição, encerrado em 1788 (Torre do Tombo, Lisboa). Aos 13 anos (pasmem) foi considerado habilitado para exercer o “emprego". Segundo a pesquisadora Zilda Fonseca, não existe nenhum registr

OS ( FRANCISCO ) SANTIAGO

P or José Aluísio Botelho DE PORTUGAL, À SÃO JOSÉ DO TOCANTINS E À PARACATU Em São José do Tocantins (Niquelândia) Família de origem portuguesa, estabelecida em Goiás. Os portugueses vindos para as minas de Goiás provinham em sua maioria da decadente província vinhateira do bispado do Porto, norte de Portugal. Eram desempregados jovens, solteiros, dispostos a fazer fortuna nas minas goianas. Naquele tempo sobressaíam os arraiais de Traíras e de São José do Tocantins (Niquelândia desde 1943), dos mais opulentos da capitania, ricos em lavras minerais, o que atraiu o jovem português Antônio Francisco Santiago, nascido em 09/11/1756, natural da freguesia de São Pedro Cesar, Concelho de Oliveira de Azaméis, distrito de Aveiro, Bispado do Porto, filho de Francisco Antonio Santiago e de Helena Maria de Jesus, naturais dali; neto paterno de Antônio Santiago e de Ana Rodrigues, da freguesia de Guisande, Santa Maria da Feira, Aveiro; neto materno de Domingos Jorge e de Maria Fe

POVOADORES DO OURO - SÉC. XVIII

Por José Aluísio Botelho Em um importante manuscrito emanado da Guardamoria das Minas de Paracatu, datado de 1769, a pedido do Conde de Valadares, então Governador e Capitão-general da Capitania de Minas Gerais, se faz a relação de quantos mineiros, sua escravatura e a quantidade de datas minerais que eles possuíam. São 95 pessoas, a maioria com sócios, que controlavam a exploração de ouro no então Arraial de Paracatu. Alguns deles eram pioneiros do tempo do comunicado oficial dos descobertos das minas, outros por compra de datas minerais, o que era recorrente. Dentre eles, nota-se a presença de muitos padres, que arregaçaram as batinas, ávidos em encontrar o precioso e vil metal, bem como de ex-escravos, pardos e negros forros, que a despeito de suas condições anteriores, mantinham seus escravos na prospecção das minas. O ouro extraído era predominantemente de aluvião, e os principais veios se encontravam nos morros Cruz das Almas e de São Gonçalo, e nos córregos: Rico, Macacos, Ba